O homem é um ser naturalmente criativo. Depois da invenção do fogo e da roda, criamos tantas soluções que, sério, fica até difícil ser impressionado nos dias de hoje. No entanto, um preso conseguiu mais essa façanha e me impressionou bastante.
Depois que vim pra essa cidade onde trabalho atualmente, com uma população carcerária bastante significativa, não é incomum encontrar droga em pasta de dente, biscoito “recheado”, escondida nos legumes, bolos e até mesmo em partes intimas, seja de homem ou de mulheres. O mesmo se aplica para telefones celulares, inclusive smartphones que acessam a internet e tudo mais. O brasileiro é naturalmente mais criativo, isso se comprova em inúmeras pesquisas.
Mas teve um preso que foi além. Ele não só conseguiu que um telefone entrasse no presídio como fez uso do aparelho por nada mais nada menos do que 3 meses! E olha que a segurança num presídio de segurança máxima é bem rígida... Pois bem, mas vamos a história.
Não foi a primeira vez que ele conseguiu fazer uso de um telefone celular. Já tinha sido conduzido outras vezes, só que em circunstâncias bem diferentes. O delegado pediu que indagasse a ele se alguém que trabalha no presídio havia ajudado, facilitado ou mesmo feito vista grossa sobre aquela situação e a resposta foi categórica: Não!
Quando pedi a ele que contasse como o telefone entrou na cadeia, o detento disse apenas que sua namorada tinha conseguido e não detalhou os meios. O importante era que ela havia conseguido.
Superada essa etapa, ao ler o relato da ocorrência interna, não precisei de muitos detalhes. Dizia o texto que o autor fazia uso do telefone e que o mantinha escondido no interior de seu ânus.
Sim, caro leitor, é isso mesmo que você leu. O telefone não ficava guardado no bolso, numa gaveta, debaixo do colchão ou em lugares desse tipo. Era devidamente ensacado e posto lá mesmo, naquele buraquinho minúsculo, até que houvesse necessidade de utilizá-los novamente. Veja bem, quando eu digo utilizá-los, me refiro tanto ao ânus quanto ao telefone, já que ambos tem funções bem diferentes. Havia junto do aparelho celular dois fios que podiam facilmente serem conectados em qualquer tomada e então recarregar a bateria. Tudo muito simples, funcional e perfeitamente criativo! E é claro que me deixou impressionado.
Não só com uma impressão, fiquei com nojo porque tinha um telefone exatamente igual aquele, que ficou por tanto tempo guardado dentro do preso.
Não teve jeito, fui obrigado a desfazer do meu aparelho portátil e adquirir um novo modelo. Então, posso dizer que ele conseguiu me deixar bastante impressionado depois daquela situação. E atingimos um novo level. Agora o diretor do presídio prometeu que irá monitorar os presos quando forem realizar suas necessidades fisiológicas. É o Brasil mais uma vez saindo na frente e provando que tem potencial para desenvolver soluções alternativas. Viva essa MERDA toda! Agora imagina se a moda pega?